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quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Passeio pela Serra

Imagens de fantasia ou reais?

Vemos nesta imagem, como é difícil chegar à “Cadeira do Rei”

Se é da erosão (real) ou fantasia (Cadeira do Rei) não sabemos, mas as lendas estão vivas, apelo aos mais novos: não as deixem morrer.


Já aqui, vemos como é fácil a qualquer jovem bonita ocupar a Cadeira da Raínha, onde não falta a sua guarda.

Nesta última foto, apenas vemos a realidade, montes de pedras, o que restou dum Castelo, ou Fortificação de um Povo de que, também vemos muitos restos de habitações e do qual, não reza a história.

E por fim, para terminarmos o nosso passeio imaginário, ou virtual, como lhe queiram chamar, pela serra encantada, recomendo que façam o vosso passeio real na Caminhada "Por Terras de S. Pedro Medieval" que se realiza já no próximo dia 8 de Agosto.

5 comentários:

  1. Olá a todos,

    Em primeiro lugar uma saudação ao mês de Agosto de 2010, que na nossa terra se vive à sombra de muitas actividades realizadas, quer pela Junta de Freguesia, Comissão de Festas da Nossa Senhora dos Verdes e de toda a população. Como de costume, Agosto será um bom mês para recordar todo o ano.

    Voltamos com mais um capítulo do passeio pela nossa serra encantada, um lugar cheio de história, mistérios, lendas e mitos. As lendas, mitos e acontecimentos misteriosos combinam factos reais e históricos, com factos irreais, que na maioria das vezes são produto da imaginação do homem. Mas existe um adágio popular que diz, mais ou menos, isto: "onde há fumo há fogo..." por isso é que por detrás de um mito ou de uma lenda existe sempre uma verdade velada.
    Segundo me apercebo, este mito da “Cadeira do Rei” e da “Cadeira da Raínha” surge da falta de explicação por parte dos habitantes de Forninhos ao longo dos tempos, para a existência de uma enorme quantidade de pedras, depositadas num local que hoje em dia apelidamos de Castelo, mas não há conhecimento, nem vestígios de ter existido ali, em outros tempos, qualquer construção de um Castelo ou Torre, com Reis, Raínhas, Príncipes e Princesas, mas se calhar como designam o local de “Castelo”, resultou o nome de Cadeira do Rei e Cadeira da Raínha.
    Para coisas que não têm explicação estes dois exemplos até são aceitáveis.

    Espero que estes registos que aqui ficam sejam um incentivo para a Caminhada “Por Terras de S. Pedro Medieval” já no próximo Domingo e que possamos olhar de forma diferente para este património paisagístico, mas também para o vasto património de tradição oral que a nossa aldeia felizmente possuí, onde se englobam as lendas e mitos.

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  2. Bem, talvez nunca por ai tivesse vivido nenhum rei ou rainha, ou por ai tenha passado, mas ate nem e de descartar completamente a hipotese. Que sabemos nos da nossa historia, anterior aos romanos e ao que eles escreveram?!
    Eu pessoalmente nunca descarto completamente as lendas e as tradicoes, pois normalmente sempre tem algo de verdade!
    Ja quanto ao castelo de Forninhos, a sua existencia se tem referido varios autores, como por exemplo o General Antonio de Almeida, o Dr. Carlos Valera e o Dr. Pina Nobrega.
    Voces mesmo referem a existencia de amontoados de pedras que fazem lembrar muros, devendo ser pedras ai colocadas pelo ser humano em epocas castrejas, portanto antes da romanizacao.
    E muito provavel que os romanos tenham ocupado esse castro do castelo, e tambem mais provavel e que tenha sido a partir do seculo V, que se tera fundado a povoacao (hoje sem nome) da Serra Gralheira agrupada a (igreja) de S. Pedro de Verona ou Matos, provavelmente a primeira paroquia crista da "terra de Penaverde"!

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  3. Boa tarde a todos.
    Por vezes, o efeito da erosão ao longo dos séculos, cria efeito muito curiosos nas rochas, embora estes não sejam dos mais bizarros, o povo atribuiu-lhe uma lenda.
    Podemos muito bem concluir, que isto não tem qualquer semelhança com trono, ou coisa parecida, mais a mais, que já nesses tempos há muito idos, se trabalhava a pedra, exemplo disso, está nas sepulturas encontradas neste local e nas lagaretas.
    Não deixa de ser curiosa também, uma rocha com trabalho humano a que chamam de forca, que se encontra a sul e junto do local do antigo povoado, e que, pela forma como foi trabalhada, não se parece nada com os outros Lagarinhos encontrados por perto. Teria sido por ventura, um local de sacrifícios? Quem sabe! Há tantas coisas que não sabemos desta serra. Sabe-se sim,que muita coisa de cá foi tirada, que nos podiam levar a conhecer, senão tudo, mas muito do seu passado.
    Bem, a verdade é que, nesta serra, está no ar a lenda, e está presente na terra a realidade, que pode muito bem ser vista no local.
    Um bom fim de semana para todos os que nos visitam.

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  4. Muitas, mas mesmo muitas vezes, calcorreei os locais expostos nestas belas fotos.
    Autenticos monumentos eternos, misteriosos e imtemporais.
    Este meu comentario, tem a doce sensaçao de regresso a este n/belo Blog, depois de uma ausencia de varios meses, por motivos de saude, felizmente ultrapassados.
    Quando era miudo, varias vezes fui com o m/falecido pai, lavrar o lameiro (agora lenteiro)em S. Pedro, para o centeio.
    Outros tempos, sobre os quais ja decorreram 4 decadas.
    A lavra começava ainda de noite para evitar o calor e quando este começava a mostrar a sua acutilancia, recolhiamos, juntamente com as vacas para a soberba sombra do pinhal, nas fraldas da Cadeira do Rei, comiamos o farnel e o meu pai fazia uma mais que merecida sesta.
    Eu, pelo contrario, aproveitava para armar os custilos, apanhar uma ou duas rolas ou algum tajasno maluco e partir a descoberta.
    Ver se ainda estava no pinheiro no sitio da outrora capela, o ninho de pombos bravos, levantar pedras, na procura de algum afamado tesouro dos mouros e depois descansar, sentado na cadeira que dizia ser minha e olhar para a infinita beleza da paisagem postada em frente; nem sentia o calor!
    Corri todos esses locais e estou a escrever com o cheiro deles na minha secretaria, parece real.
    Pela noitinha lavrava-se mais um bocadito e depois dormiamos no pinhal.
    Para mim, ate hoje, a melhor cama do mundo.

    Um grande abraço.

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  5. Olá Xico, que bom este regresso aqui ao nosso cantinho da saudade e da conversa e logo com tão bonitas palavras. Esta tua partilha juntamente com o pouco que sabemos deste lugar e daquilo que fomos colhendo aqui e ali, sempre com rigor e seriedade, leva-me a pensar que na nossa terra tanta memória há por recolher e que nem imaginamos...Eu sou daquelas que penso que um dia iremos precisar do que actualmente deitamos fora, tanto a nível material como cultural.

    Um beijinho

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