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quinta-feira, 14 de julho de 2011

Irmandade de Santa Marinha

A fila da Irmandade de Santa Marinha é um ícone imponente e simbólico da celebração de actos religiosos: festejos em honra de Santos, ladaínhas, procissão de domingo de Páscoa e do Corpo de Deus, funerais, etc. É bem plausível que a Irmandade tenha cerca de 100 anos, mas não existindo documentos que o comprovem, os testemunhos fotográficos são, contudo, uma mais valia para o enriquecimento da história da nossa terra. Sendo assim, hoje voltamos a publicar uma imagem reveladora do grande número de "irmãos" que incorporava a mística procissão de Santa Marinha:


Aproveito esta oportunidade, para prestar, aqui neste blog, a minha homenagem a estes homens que vestiram a capa. Eram homens que sabiam ser humildes e generosos, agiam em conformidade com toda a simbologia imbuída, na pertença à Irmandade de Santa Marinha.


Quase 50 anos separam estas fotografias, mas é curioso que tudo ainda nos pareça demasiado familiar. Porque será? A Igreja Matriz lá está; a oliveirinha e as "coitadas" também; e o casario histórico do Lugar vê a procissão passar.

9 comentários:

  1. Boa tarde.
    Recordo ainda, as Prossições realizadas em Honra de Santa Marinha, Padroeira da nossa Freguesia, Nª Senhora dos Verdes e ainda nos cortejos fúnebres, em que todos os irmãos, vulgo dizer membros da irmandade de Santa Marinha, envergavam as suas capas, acto quase obrigatório nestes actos.
    Em tempos, aparecia uma grande quantidade de "irmãos", que se faziam representar em todos os actos em que a Irmandade estivesse com a sua obrigação.
    Hoje, apenas se verifica nesses actos, uma duzia de pessoas que envergam esses habitos.
    Já não é o mesmo Povo, o Povo de Forninhos unido; Sente-se!

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  2. Pois é…
    Continuamos a recordar momentos de um tempo passado com as nossas gentes e nesta bonita aldeia, que não difere muito dos tempos de hoje, mas se observarmos com atenção notamos diferenças nas pessoas. Nota-se hoje menos gente, principalmente, gente miúda, que antes era tanta que, só eles, faziam meia procissão. Nem todos os que vemos aqui, com solenidade a acompanhar os passos da procissão, existem hoje fisicamente, mas como a imagem prova são parte da história desta aldeia.
    Participar na Irmandade era uma obrigação, e segundo apurei, mesmo que o “irmão”, o homem da casa de morada de família não pudesse estar presente, era obrigatório estar presente alguém da família na hora da chamada, era até comum ser uma criança. Se calhar, por isso, durante muitos anos todos os rapazitos ansiavam a passagem de rapazito a homem, para merecer vestir a capa.
    Os tempos hoje são outros e não existe a obrigação de participar, mas o extraordinário, porque noto isso, é que os mais jovens, mesmo os que estão fora e que marcam presença na procissão do 15 de Agosto gostam de vestir a capa, pegar nos guiões, lanternas, Cruz, e mesmo no Estandarte da Nossa Padroeira que, segundo dizem, é o mais pesado e é um teste à capacidade e ao brio (no bom sentido) dos valentes. Acho que ainda não é qualquer um que se afoitava a pegar-lhe e é mesmo um desafio que mete admiração para quem o consegue empunhar.
    Nas procissões em que estive presente, desde o último 15 de Agosto, Procissão de Nossa Senhora dos Verdes, acho que quem levou a “Santa Bandeira” foi o meu irmão David; na Solene Procissão da Adoração do Santíssimo e Celebração da Ressurreição de Jesus Cristo (Páscoa) e na Festa do Espírito Santo (13 de Junho de 2011), acho que foi o Ricardo Guerra.

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  3. Divulgamos também que a Paróquia de Santa Marinha de Forninhos vai levar a feito, uma vez mais, os tradicionais Ofícios a Santa Marinha. Por impossibilidade de agenda, o Sr. Pe. Paulo este ano não agendou a cerimónia para o dia 17. Os ofícios têm início às 09h30 ou 10h30 ??? (vou confirmar) do dia 16 (Sábado).
    Recordo que esta cerimónia religiosa será por todos os “irmãos” falecidos que fizeram parte da Irmandade de Santa Marinha, cujos nomes serão nomeados durante a cerimónia.
    Na minha infância, assisti algumas vezes a estes ofícios e retenho a sensação do profundo “silêncio” da cerimónia e ao longo da procissão à volta da Igreja.
    Aqui fica o convite a todos os forninhenses, e não só, para marcarem presença nesta tradicional cerimónia religiosa.

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  4. Manter vivas as nossas tradições, que são a nossa referência, é um bem cultural! Portanto, que esta bonita tradição, que foi transmitida de geração em geração, de pais para filhos,não pode acabar.

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  5. Pois é estamos a 1 mês do 15 de agosto,festa rija,quanto à procissão na qual eu participo todos os anos e com prazer,quando sai da igreja não sei porquê,mas não hà meio de se formarem como deve ser,ai se ve que o serviço militar fez falta a muita gente,depois é berros daqui berros dali,uma confusão total,a procisão so começa a ir como de ser quando jà estamos a chegar à capela,como diz a minha irmã eu tenho levado a santa bandeira jà alguns anos e gosto de levar seja o que for,até um andor se pode levar às costas,desde que não sejam nas minhas, a santa bandeira é um pouco pesada mas uma pessoa vai com aquela ideia de chegar là cima,não custa muito é preciso é força de vontade,ainda por cima tem uma cinta,na qual se pode apoiar,sempre alevia um pouco os braços,estou a dizer isso mas eu exprimentei uma vez,prefiro sem cinta,o problema maior é que hà uma folga entre o pau e o encaixe da santa,vai sempre abanar,penso que o ano passado ainda estava assim ,não tenho a certeza mas não é isso que vai impedir de a levar, seja eu ou outra pessoa.Bom fim de semana a todos!!!

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  6. Paula,

    Que coisa mais interessante. Depois de quase 50 anos, o local quase nada mudou. Talvez menos árvores, mas bem pouco.
    Além disso, é bacana ver que a tradição continua.
    Beijos

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  7. Pois é, a tradição continua o faz disso uma vontade férrea de continuar a perpetuar o que os nossos antepassados que com tanta vontade e devoção criaram, nas fotos que já vi e pelas que agora vejo, a paisagem pouco se alterou e até a forma do cortejo, o que mostra que a tradição ainda é o que era.

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  8. Bom e bonito, mas não é só a falar que as coisas se fazem.
    È preciso que alguém se preocupe com estas tradiçoes.
    Segundo pude averiguar e por alguns comentários que me "zumbiram" aos ouvidos, estas tradições estão cada vez piór, pois, já poucas pessoas se entusiásmam com estes feitos.
    Talvez devido ás despesas que são bastante avultadas, e as receitas cada vez menos.

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  9. Olá!
    Pois, é aqui que se pode demonstrar, o quanto a Irmandade de Santa Marinha, tem valor para todos os Forninhenses Irmãos!
    Tantos vem e poucos falam, será que as imagens acima apresentadas não dizem nada? Tempos houve em que todos gostavam de vestir aquéla Capa.

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