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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Todos bons rapazes


Para os menos novos aqui vai, para recordar, uma fotografia de há 30 anos atrás (ou mais!), quando a maltinha se juntava aos Domingos quiçá para ir 'roubar' umas cerejas à cerdeira do Passal. Mas sobre ela pouco sabemos, optámos por publicá-la, somente porque nos remete para outros tempos. É fácil reconhecer os protagonistas, se não fôr, damos a resposta um dia destes.
Em que local de Forninhos foi tirada esta foto? Esta é mais difícil.
Bom exercício de memória, vamos tentar?

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

1961-2011 - Celebração Festiva

Aqui deixamos as imagens de um dia especial e muito simpático, que a família e amigos recordarão com agradável saudade:

O amor e a elegância parece que aumentaram. Parabéns!

Bênção das alianças

Tiram-se as primeiras fotografias e o feliz casal renova as promessas
que fizeram há 5 décadas

Quem de nós não inclinou a cabeça para receber nela a água baptismal, neste lugar? Todos nós por lá passamos, ao colo ou pelo próprio pé, estes menos, com os padrinhos e demais convidados...

Que bonito arranjo!
A margarida é o símbolo da inocência e tem também
a conotação de amor perpétuo

...e aconteceu o belo momento da foto tradicional em grupo,
para mais tarde recordar

Felicidades, Felicidades, Felicidades!!!

Huuuuuuummm! Só de olhar até dá para sentir o cheirinho aqui!

O formato do bolo, 2 em 1, é realmente bonito e com muito significado. Os avós com a cor dominante das Bodas de Ouro e a neta/e/afilhada com a cor rosa, associada ao feminino e que nos remete para algo terno, suave, carinhoso... Votos de muitas felicidades para a Leonor e Parabéns aos papás, aos avós/e/padrinhos.

Tchim, Tchim! E que este dia se repita por muitos e bons anos!

terça-feira, 20 de setembro de 2011

COMO OS TEMPOS MUDAM

Hoje venho trazer ao blog, algumas fotos que nos mostram a evolução dos lagares onde se fazia o vinho. As coisas mudam, as pessoas nem tanto, os processos e modo de vida vão sendo substituídos por outros mais práticos, mas as pessoas são as mesmas, embora, o modo de agir seja diferente, antes, lutava-se pela sobrevivência, hoje luta-se pelo bem-estar.

Lagareta escavada na rocha

Desde os tempos ancestrais que o homem procurou engenhos para transformar a uva em líquido, O VINHO. Esta lagareta tem um furo na parte lateral, possivelmente onde era metida uma alavanca que servia para espremer as uvas depois de pisadas.

Lagar com prensa de tronco

Mais tarde embora o método de espremedura com o tronco seja o mesmo, já se trouxe o lagar para "dentro" de casa. Este método foi utilizado até ao princípio do Século passado. Este está em museu, mas não é em Forninhos.

Lagar pessoal com prensa de rosca e caniça

Com o aparecimento de prensas com rosca, calços e caniça, tudo se torna mais fácil e menos trabalhoso. Um homem só, consegue espremer o seu bagaço, quando este é só o fabrico da sua vinha e para seu consumo.

Recordação do que já foi uma boa adega

Na nossa região, Forninhos incluído, era normal ver-se em cada casa, uma boa adega, um lagar e tonéis, pipos grandes e mais pequenos, nesta altura do ano, e quando o tempo não trocava as voltas, era tudo cheio. Hoje, os grandes tonéis só ainda não foram todos para a fogueira, porque alguns dos seus donos têm pena, mas lá estão ao abandono, assim como o lagar e até o telhado já estão com buracos.

Pipos novos na feira à espera de comparadores

Mesmo assim, ainda há por aqui quem vai resistindo e lá vão fazendo uns pipitos (tanoaria), mas é uma profissão já quase em extinção.

Tempos Modernos, Cubas, Lagares de Plástico
e Espremedores Eléctricos

Porque agora já apareceram as cubas de aço inox, que pela sua comodidade em arrumar e o estanque, já estão a substituir os tradicionais pipos, pipas e tonéis, e assim lá se vai mais uma tradição.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Coisas da Aldeia

Como estamos em plena época das vindimas e dos tralhões, e porque muitas coisas mudaram sem se perceber, trago-vos mais umas coisitas nossas que começam a desaparecer. Tenho para mim, que se mostrarmos as nossas coisas e ao falarmos delas, não as deixamos cair no esquecimento:

Canastro

Cesto quadrangular, largo e alto, feito em verga e vime ou fasquias entretecidas. A origem da cestaria no nosso país, remonta pelo menos à cultura castreja. Devido ao aparecimento do plástico, o canastro que no passado era indispensável para o transporte das uvas, espigas de milho, merendas, "cozido para o vivo" (nabos) , transformou-se hoje num objecto de decoração nas gerações mais novas.

Rodilha

As rodilhas eram utilizadas pelas mulheres para transportar à cabeça grandes pesos como o cesto/canastro de uvas e outras colheitas agrícolas; os molhos de lenha e de erva; as bacias de roupa que iam lavar ao rio, ribeiro, poças e nos tanques; os cântaros de água, etc. e tal. As rodilhas eram feitas na hora pelas suas utilizadoras, usando os seus lenços de cabeça, sendo ainda utilizada por gente mais antiga.

Custilo, Costilo ou Costelo

Armadilha de apanhar pássaros, feita de arame com uma mola. Tal como a fisga, os custilos também deixaram boas recordações e marcaram a infância de muita garotada. Em Setembro era a altura dos rapazitos irem aos tralhões, sós, ou, em grupos. Recordo apanharem as "agudes" (formigas com asas) junto ao alambique para servir de isco ao tralhão, também conhecido por taralhão, fura-figos, papa-moscas, tarrascas, etc..., e pela manhã armavam os custilos nas propriedades para apanhar os pássaros.
Hoje, poucos serão os miúdos que brincam com as fisgas e custilos.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Bodas de Ouro -14.Set.1961 - 14 Set. 2011

A comemoração do aniversário de casamento é uma data importante para qualquer casal, principalmente quando se comemora as Bodas. É com muita alegria e emoção que "O Novo Blog dos Forninhenses", nesta data, 14.Set.2011, cumprimenta o casal Alfredo e Augusta Joana pelos 50 anos de união. Parabéns e que a vida continue a ser portadora de toda a felicidade que até agora conseguiram juntos.

Na década de 70, países longínquos como a América, Alemanha, França, acenaram à nossa gente e foram muitos os que optaram pela emigração, mas já antes deste fenómeno da emigração, muitos naturais de Forninhos, como o casal Alfredo e Joana, se deslocavam da sua terra para Lisboa à procura de melhor qualidade de vida, para si e para os seus filhos. Este casal regressou anos depois a Forninhos para apostar no Turismo Rural. São hoje os proprietários da "Casa Fonte da Lameira" (http://www.casafontedalameira.web.pt/), pelo que aproveito para também lhes dar os meus Parabéns por esta iniciativa, que muito nos orgulha. Que tenham saúde, força, coragem e bons motivos, para continuarem a bem receber e dar a conhecer a nossa terra - Forninhos.
Vai daqui um aceno de gratidão.

sábado, 10 de setembro de 2011

Forninhos é um Jardim

Em tempo de férias, onde parece nada haver para fazer, a Andrea Rohrbach Albuquerque e o João Seguro fotografaram sacadas/varandas com flores, casas e a Rua das Alminhas, da nossa aldeia. Neste fim de Verão às portas do Outono "O Novo Blog dos Forninhenses" mostra mais um pouco do que se pode encontrar num percurso pela aldeia:

Sacada da mãe do Xico

"Por debaixo corre uma latada e ela amiga de flores, enfeita-a à sua moda,
com beleza, cravos, cravinhos, manjerico, tanta coisa bonita e cheirosa."


Embora com poucos habitantes, hoje, esta rua conserva o seu carisma no traçado "rústico", mas tratado e adaptado aos novos tempos.






Ao chegar ao fundo da Rua, olhando para trás, vê-se o recorte das casas que nos dizem que esta rua tem muitos anos e por cá passaram todos os nossos conterrâneos.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Uma lembrança da tia Isaura

fotografia tirada na N. Senhora da Saúde, Moradia

Imagem que nos traz à memória um tempo que muitos recordarão. A tia Isaura, no dicionário da minha infância, teve como sinónimos "santinhas de açúcar", "beijinhos multicoloridos", "cavacas", "Doce Teixeira", "balões" "vai-vem" (bola/rebuçado suspensa por um elástico), "brinquedos" e "bugigangas" que ficavam tão bem nos pulsos e orelhas :))
Era costume a tia Isaura deslocar-se às festas e romarias das localidades circunvizinhas vender guloseimas e brinquedos que davam um colorido à banca e faziam as delícias da garotada.
A evolução dos tempos acabou com estas vendas.

Foto cedida pela Aurora, que publicamos com muito gosto.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

A Escanada

É Setembro. Os milhos, já maduros, estão à espera da escanada. Com a escanada chega ao fim o ano agrícola. O trabalho de escanar o milho, pode dizer-se, que já foi um trabalho fácil de executar e do agrado de todos, pelo convívio e divertimento.


Geralmente a escanada era feita por um grande grupo de pessoas, à noite, aproveitando-se as grandes noites de luar. À volta de um grande monte de milho cortado, com cantigas, milho-rei (espiga preta), risos, beijos e abraços, retirava-se a espiga do milho para um balde, cesto ou canastro,


Secagem do milho

para depois secarem na lage/eira em grandes manchas amarelas esbatidas ao sol descorado de fim de estação. As canas, trambolhos, que ficavam, eram aproveitadas para servirem de alimentação ao gado.
É também agora o tempo das vindimas.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

VISITA ÀS "LOIJAS"

Hoje quero fazer-vos o convite para mais um passeio virtual à nossa Serra. Já aqui se falou nas "loijas" e confesso que andava ansioso para conhecer este local, mas não encontrava quem mo fosse indicar, até que este ano tive a sorte de encontrar uma pessoa, o meu cunhado Adelino Costa, que ainda se lembra onde fica e lá fomos...
Iniciamos a subida pela encosta Norte, que é onde se encontra o nosso objectivo:

Roçadeira ao ombro e...ala Serra acima

Pelo que se nos depara pela frente, não parece tarefa fácil

É preciso "apalpar" terreno e escolher por onde ir,

mas, com mais ou menos dificuldade, lá vamos subindo...

Por vezes as pernas não chegam para transpôr os obstáculos

Pelo meio do mato, utilizando o trilho do javali ou raposa, lá fomos subindo...

Olhando para trás, sentimos-nos maravilhados!

E para a frente, impressionados!

Estamos perto

Já no interior da Caverna

Saída Poente

Vamos novamente entrar

O seu interior parece que foi habitado recentemente, está limpo!

Será aqui que mora a "Moura Encantada"?

DE REGRESSO...VALEU A PENA!

Como devem imaginar, este é mais um percurso fantástico para uma aventura nesta Serra, e este é mais um lugar mágico que se nos oferece. Quantos pastores não imaginaram aqui o tesouro de Ali Bábá? E, possivelmente, já de lá gritaram o ABRE-TE SÉSAMO!!!