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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Mais tesouros do baú de memórias

Enviadas pela minha madrinha, Natália 'Cavaca', e pelo meu padrinho, Sr. Pe. Matos, amigo de Forninhos e 'fotógrafo', que tem memórias de uma época, época complicada, diga-se, porque a Guerra do Ultramar condicionou a vida da nossa gente, vamos olhar mais umas fotos dessa época que, demonstram que a vida tinha de continuar, assente nas tradições, na fé e no são convívio entre jovens e crianças:


1963 - Isto era em Forninhos? Em que local?


E quem se recorda desta procissão de entrada? 
Na parte da frente vai a cruz processional, rodeada pelas velas, 
postas nos castiçais.

Estes "miúdos" por onde andam?


Quem "do Curso" se reverá, ou encontrará nesta foto?


A qualidade das imagens não é a melhor, mas penso que dá para ver que a última foto foi tirada na Capela da Senhora dos Verdes. Quem se recorda destes tempos?

Obrigada madrinha e padrinho por esta partilha.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Memórias de outros tempos: As Excursões IV

As excursões d´outros tempos eram o único meio para as gentes de Forninhos conhecer alguns dos belos Santuários de Portugal. Também um dos maiores motivos de atracção eram as praias da Figueira da Foz e Mira, onde os excursionistas iam molhar os pés e apanhar conchas do mar para trazer para casa como recordação; ver as traineiras e os pescadores a puxar as redes e ver a sardinha a saltar. Com agradecimento à minha tia Margarida aqui vos mostro umas fotografias da mesma série da excursão a Braga:


'lupas em punho' e vamos então retroceder no tempo


e identificar quem é quem


Provavelmente já pouca gente existe deste tempo, mas esperemos que alguém se reconheça ou reconheça alguém e saiba onde é esta praia.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Memórias de uma equipa e campo de futebol de 11

Ora vamos lá outra vez à bola e lembrar uma equipa de onze jogadores, embora alguns longe, contribuiu para que a população forninhense não ficasse resumida a idosos.


Quem é que está na foto e qual o lugar de cada um na equipa? 
De que ano será esta foto tirada no "Campo do Picão"?
Uma pista, na monografia do concelho, página 383, lê-se: «A Associação Desportiva e Recreativa de Forninhos foi fundada em 1983, que suporta um clube de futebol com as cores azul e branca e um campo de jogos no sítio do Picão.».
Foi pena não se lembrarem de publicar uma foto, mas acham que esta pode ter sido a última equipa de futebol de onze?

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

30.ª Feira e Festa do Pastor e do Queijo da Serra

Aqui Vos deixo o Cartaz  da 30.ª Feira do Pastor e do Queijo da Serra, que se vai realizar no dia 27 de Fevereiro de 2013, no Mosteiro, freguesia de Penaverde:


Programa:
08H30: Sardinhada com prova de Vinhos do Dão para os Pastores
10h00: Recepção das Entidades Oficiais
11h30: Actuação do Grupo de Concertinas de Penaverde
13h00: Almoço regional

A Câmara Municipal convida toda a população a estar presente na 30.ª Feira e Festa do Pastor e do Queijo da Serra deste Concelho.

Fonte: Site da Câmara Municipal de Aguiar da Beira.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Os chícharos de Forninhos

Já aqui escrevi que há mais ou menos 60 anos para trás, na alimentação do dia a dia dos habitantes das nossas aldeias da Beira predominavam os produtos cultivados e colhidos nas hortas, salientando-se entre eles o feijão: branco, vermelho, manteiga e o catarino, que se cultiva em maior quantidade. Mas hoje, Quarta-Feira de Cinzas, início da quaresma, sugiro aos consumidores de feijão, um prato de chícharros ou tchícharos, que é um feijão miúdo, redondo e de cor amarelada, que julgo ser diferente do feijão-frade que aparece no mercado.


Depois de cozidos e escoados, devem os chícharos ser temperados, mas ainda na panela, com alho, cebola picada, vinagre, de preferência tinto, azeite e um pouco de salsa. Podem ser acompanhados com bacalhau assado na brasa, sardinha frita da pequenina ou carapau. Hoje é mais comum juntar-lhe atum e ovo cozido.
Fazia-se também, no tempo da minha meninice, sopa de chícharos, que para mim tinha naquela altura melhor sabor que um prato de chícharos cozidos, mas quase de certeza que hoje já ninguém faz sopa de chícharos (digo eu).

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Viva o Entrudo!

Bom Entrudo ou Carnaval, como preferir!


Hoje o Entrudo ou Carnaval, como preferir, na nossa aldeia é mais ou menos assim: um pequenito grupo de entrudos dos dois sexos percorre as ruas neste Domingo Gordo e na Terça-Feira de Carnaval. 
Mas dantes, à noite,  ao longo da semana carnavalesca, que começava no Domingo magro até ao Domingo gordo e terminava no dia de Entrudo, vários grupos de entrudos percorriam as casas de vizinhos, amigos e familiares com quem tinham mais confiança; havia ainda as quintas-feiras das comadres e dos compadres e os casamentosas raparigas mostravam os seus trajes coloridos e os seus dotes de dança, pois havia as contradanças, mas agora cada vez há menos rapazes e raparigas, nas nossas aldeias, como é que pode haver casamentos e danças folclóricas?
Por volta da meia-noite o Santo Entrudo era "cremado". O Santo Entrudo é um boneco feito de palha de centeio que depois de pronto a rapaziada e alguns mais velhos lhe faziam o funeral, após acompanhamento fúnebre por diversas tochas de palha e a cantarolar uma ladainha. Chegados à Lameira o Entrudo era queimado e chorado. Nos últimos anos quem habitualmente fazia o funeral ao Santo Entrudo era o tio Abel Peleira e o tio Zé Coelho.
O nosso Entrudo já não é sinónimo de cor, alegria, música e divertimento, ainda assim VIVA O ENTRUDO e algumas quadras que se cantavam no Carnaval:

Deixai passar, deixai passar
Deixai passar, esta brincadeira
Ó ai somos todos de Forninhos
Ó ai concelho d´Aguiar da Beira!

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Homenagem aos Combatentes

Que terra de Portugal não chora os seus filhos, que na guerra do Ultramar por lá perderam a vida, Forninhos não ficou imune a esta “praga” que foi e é ainda hoje a GUERRA, por isso nunca é demais prestar uma sentida homenagem aos filhos de Forninhos que perderam a vida, e dar vivas aos que foram e voltaram.
Não foi só em Forninhos que essa homenagem foi realizada, também Portugal prestou essa homenagem aos seus filhos, aqui fica o registo em fotos, esse sentimento.

Monumento em Lisboa (Belém) aos combatentes mortos em serviço:


Na parede que ladeia o monumento, figuram milhares de nomes
Dos militares que tombaram no cumprimento do dever

Um filho de Forninhos: VIRIATO BATISTA



    e ainda outro: DANIEL ALMEIDA ESTEVES
outro ainda: ILIDIO CASTANHEIRA COELHO
E ainda outro: CARLOS VAZ MATOS
SEUS LUGARES EM FORNINHOS:




Aqui fica mais uma homenagem a estes bravos, são já muitas fotos postadas neste blog, mas nunca são demais.


J SEGURO.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

IV Leilão de carnes, enchidos e outros...


No Domingo, dia 17 de Fevereiro de 2013, a partir das 14H30, vai realizar-se no Largo da Lameira, freguesia de Forninhos, o IV Leilão de carnes, enchidos e outros produtos regionais a favor da Irmandade de Santa Marinha. Esperemos que a afluência seja muita e que as vendas se processem a um bom ritmo.

A tradição das arrematações/leilão
Ao Domingo, no final da missa, a favor do Santíssimo, leiloava-se o que as pessoas prometiam: peças de porco da salgadeira, chouriças, farinheiras e morcelas, azeite, mel e demais produtos da terra. Como tudo na vida se vai transformando, também aqui houve evolução e dar a conhecer os enchidos e outros produtos é também o objectivo da Organização. 

A contagem decrescente já começou...Venham participar no leilão e  saborear os nossos enchidos e outros produtos endógenos! 

Cartaz: Cortesia do Ricardo Guerra.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

As morcelas de Forninhos

Já escrevemos tanto sobre o ‘cevado’ - assim era designado o porco destinado à matação - que sabe-se tinha de dar para o ano inteiro. Eram tempos complicados, esses, porque nem sempre e não em todas as casas. Mas hoje volto a falar do primeiro enchido da matação: as morcelas de Forninhos, para  quem não sabe, conhecer mais sobre as morcelas que comemos.


As morcelas são feitas com o sangue do animal que é acanado num alguidar, onde se deitou pedacinhos de pão trigo para ensopar o sangue, que se mistura com a mão ou com uma colher de pau. Sei que noutras regiões a sangria não é apanhada para o pão e há quem ponha um pouco de vinagre no alguidar para o sangue não coalhar. Se calhar é aqui que reside o segredo do nosso enchido ou será no tempero da própria tripa do porco? As tripas são bem lavadas com água corrente do ribeiro e sabão e em casa depois de talhadas, conforme o tamanho desejado, levam um preparado especial de aguardente, gotas de vinagre e bastante sumo de limão. São estas coisas que nem pensamos, mas que nos podem dizer muito do segredo do bom paladar do nosso enchido, se o quisermos saber.
Feitura das morcelas:
Deita-se no ensopado de sangue os temperos especiais: cebola estrugida com bom azeite da terra e gorduras do porco desfeitas, cominhos, salsa picada e um pouco de piri-piri. Depois disso, munidas de enchedeiras as mulheres enchem as tripas com massa e quando estão atadas levam-nas a escaldadar numa caldeira de ferro, antiga de preferência, e são dependuradas para enxugarem e estão as morcelas prontas para se colocarem no testo quente da panela de ferro e comer. Depois há outras opções culinárias: como morcela frita e assada na brasa, que será hoje a mais frequente.
Dizem que as morcelas de Forninhos são uma delícia, diferentes das de outros pontos do País, as melhores que há e, por isso, é que a nossa morcela volta a merecer destaque no blog dos forninhenses
Posto isto, resta-me dizer: ainda bem que vêm parar às minhas mãos fotografias de tempos que já lá vão…para não deixar que as memórias se vão, pois fotos como esta, assim como outras publicadas da matação e desmancha do porco à salgadeira, são testemunhos dos nossos modos de vida. 
Qualquer dia já ninguém sabe o que é o palaio.