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sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Motivos Cruciformes em Forninhos

(Clique na imagem para ampliar)

Quem percorre os caminhos da nossa Terra, sempre descobre no casario pormenores arquitectónicos, como datas, inscrições e marcas bastante interessantes. Por exemplo, numa habitação, presentes nas suas ombreiras (e também num muro de delimitação de propriedade), é possível observar motivos cruciformes.
Segundo alguns investigadores, as cruzes presentes nas ombreiras de portas seriam uma forma dos cristãos-novos dizerem “agora somos cristãos” e assim, deixarem de “chamar a atenção” da Inquisição. Outros, referem que estas marcas seriam executadas pelos Inquisidores, como forma de marcarem as casas de judeus, então cristianizados. Há também quem defenda que a cruz gravada pode estar meramente associada a funções de invocação divina para protecção dos espaços e das estruturas. Nem sempre a gravação de um elemento cruciforme deve ser entendida como marcação de um espaço de ocupação judaica, note-se.
Em relação aos cruciformes de Forninhos, na realidade, podem não remeter para a presença de cristãos-novos, pois além destes vestígios físicos, não temos fontes documentais, nem sequer pela análise de processos da Inquisição há conhecimento da presença judaica em Forninhos, já a presença de judeus na freguesia vizinha de Dornelas não é totalmente descabida, pois aparecem processadas pela Inquisição pessoas judaicas.
Mas este artigo é apenas mais uma achega para a história de Forninhos. Um património esquecido que é preciso preservar, independentemente do seu significado e interpretação.

Fonte: Actas das Primeiras Jornadas do Património Judaico da Beira Interior.

34 comentários:

  1. Um tema de reflexão, independentemente do ângulo em que se analise. Um assunto muito sério em que é necessária coragem na sua publicação e comentários sobre o mesmo.
    Se esses indício sob a forma de cruzes ou de outra forma, atentatórios à integridade física e moral dos Judeus, Deus queira que não abundem e muito menos existam em Forninhos. Não seria abonatório para as nossas gentes. Este povo tem sofrido injustamente o quanto baste mas não podemos enfiar a cabeça na areia...
    Apetece inclinar-me mais para a invocação divina, mas Belmonte, Linhares da Beira e tantos outros locais, estão demasiado próximos para eventualmente não termos registos da sua passagem e tropelias sobre eles cometidos.
    A final segundo se diz, a "forca" em S. Pedro, servia para enforcar os Judeus.
    Como finaliza o texto "... Um património esquecido que é preciso preservar, independentemente do seu significado e interpretação."
    Não nos vamos penitenciar por eventuais erros do passado longínquo, mas evitá-los no presente.
    Parabéns. Post histórico.

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  2. É verdade. Independentemente do ângulo em que se analise, o assunto é muito sério.
    E, porque verifiquei na semana anterior (no post: “A Forca”) que havia dúvidas sobre estes vestígios deixados pelos nossos antepassados e que fazem parte da história de Forninhos, achei que o assunto merecia ser pesquisado e publicado, além de que soube agora que há ainda forninhenses que desejam que lhes avivem a história e lembranças de outrora, portanto, o blog dos forninhenses faz-lhes a vontade e “leva” a Todos a história, estórias e memórias da sua Terra.
    Aqui estão as “marcas cruciformes” inseridas num muro de delimitação de propriedade e nas ombreiras de uma habitação, que podem significar a presença de cristãos-novos em Forninhos (ou não).
    Estarão associadas à conversão de Judeus ao Cristianismo ou estas gravações são simples marcas de protecção divina?

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  3. Maravilha de acervo vocês estão construindo sobre Forninhos.Interessante! beijso,tudo de bom, lindo fds! chica

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  4. Acredito que tudo o aqui partilhado promove o desenvolvimento, chica.
    Em Forninhos temos património que a todos pertence e que tem sido desvalorizado pela maioria. É, pois importante que as pessoas entendam que não são precisas grandes verbas para escrever a história da nossa terra, para contribuir para a sua qualificação e para a sua promoção!
    Quem lê os conteúdos deste blog, decerto já aprendeu muitas coisas novas, mesmo sem o suporte de documentos-históricos escritos, pois esses são escassos para Todos. Portanto, cá para mim, reforço, nos tempos que correm o uso da falta de fontes documentais foi/é a desculpa que encontraram para nos “desviarem” da forma como o dinheiro público é gasto. Por muito ingénuos que sejam os forninhenses, pelo menos, acho que sabem que as asneiras são pagas por todos nós...

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  5. Oi Paula, sou muito curiosa desses assuntos do passado, pena que muitos já se perderam ou deram sumiço em fatos reais e comprometedores, mas nos resta ainda muitas coisas a serem pesquisadas e descobertas, não importa, se há tantas dúvidas nestas inscrições, seu empenho em mostrar a história de Forninhos por si só já é muito válida.
    Beijos e um feliz final de semana!

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    1. Olá Fátima,
      Só quero dizer que estou de acordo que ainda há muitas coisas a serem pesquisadas e descobertas. Esta imagem é só mais um testemunho de que apesar de muitos anos passados, se quisermos dar a conhecer toda a história de Forninhos (escrevendo-a num blog), quando menos se espera as coisas surgem.
      Mas se ainda assim as novas gerações acham que o blog dos forninhenses não aviva a história, etc…é pena :-( porque aqui está espelhado o passado longínquo e recente de Forninhos e dos forninhenses.
      Bjos e Bom Fim de Semana.

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  6. Pelo que tenho investigado, (este e um tema a que me tenho dedicado, ha muito) e quase seguro, que os cruciformes em portais de pedra cortada em angulo de 45 graus, sejam de casas de judeus ja convertidos! Quanto aos outros ficamos sempre na duvida!
    No entanto so gostaria de fazer uma pergunta aos que nao acrditam, por razao so uma pequena minoria, teria que desta forma apregoar a sua fe crista? Pois em qualquer aldeia ou vila, estas casas com cruciformes sao sempre uma minoria!

    Bem hajam e um abraco de amizade.

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  7. Par mim faz mais sentido que os motivos cruciformes nas ombreiras estão ligados à presença dos Judeus na aldeia de Forninhos, do que à protecção divina. Eu pelo menos acredito que houve judeus nestas bandas!
    Existem cruciformes. Depois, num penedo parece ler-se o a palavra “JOSUA” – nome Judaico de Jesus. Por outro lado, diz-se que “a forca” era onde matavam os Judeus.
    O facto de não haver fontes documentais, nem aparecerem processadas pela Inquisição pessoas judaicas, não é motivo para esconderem debaixo de uma enorme neblina a presença em Forninhos da comunidade judaica.
    O que é certo é que em Forninhos preferem contar a história que mais lhes convém, e não valorizam (entre outro) este tipo de património, valioso ou não, mas que é o património que herdamos dos nossos antepassados.
    A presença dos judeus ainda incomoda muita gente, daí pasme-se! encherem páginas e páginas com alminhas e cruzeiros!

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  8. Superinteressantes esses novos fatos de Forninhos! Bonito post e mais uma vez o seu trabalho/pesquisa está de parabéns, Paula!!

    Falando em cruz, "Como Eu Amo A Mensagem Da Cruz..." Diz a letra de um lindo hino...

    Um Beijinho... Até Mais...

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    1. Obrigada Anete por parabenizar o meu trabalho e achar bonito o 'post'.
      Na verdade haverá poucas pessoas a achá-lo bonito. Na minha terra, hoje só há uma religião - a católica - pelo que falar destes sinais é um "sacrilégio".

      Até à próxima e um beijinho para si.

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  9. Numa reflexão mais profunda, coloco a mim próprio a questão da passagem dos judeus por Forninhos. Há no entanto indicadores, independentemente de registos documentais mais consistentes, que me levam a crer que sim.
    A foto extraída das Jornadas do Património Judaico da Beira Interior, aonde Forninhos é referido, como se pode verificar.
    A localização geográfica da nossa terra, no limite do concelho de Aguiar da Beira e Fornos de Algodres, que tantos testemunhos materiais ainda hoje mostram, atestando a sua passagem.
    Estranho seria Forninhos ter ficado de fora deste fenómeno. Racionalmente tal parece-me uma hipótese remota.
    Quem não se lembra em criança, aquando de uma malandrice, não dizerem de imediato que andávamos a fazer "judiarias" ou então não acredites "que é um judeu"?
    E se a nossa terra foi desde séculos e séculos uma procura constante e rotativa de povos e credos, haveria alguma razão plausível para não ter sido "contemplada" com a passagem dos judeus?
    Custa-me a acreditar!

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    1. Também ouvi muitas vezes aos mais velhos a palavra “safardana”, que vem de “sefardim”, nome dos judeus na Península Ibérica.

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  10. Boa noite Paula, muito bom esse seu trabalho de investigação sobre esses símbolos de Forninhos! São marcas importantes que fazem parte da vossa, nossa História! É pena que tanto em Forninhos como noutros locais do País tantos vestígios sejam ignorados por quem de direito. Um beijinho e Parabéns pelo trabalho que está a desenvolver. Beijinhos e bom domingo. Ailime

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  11. Sabe Ailime, em Forninhos há muito preconceito e talvez por isto é que muito património espalhado pelas casas da nossa aldeia foi destruído e ainda hoje é ignorado.
    Obrigada pelos parabéns, penso que só quem tem amor à nossa Terra, se lembra de conhecer a sua história. No início, tive vontade de desistir, mas com o tempo a história deste lugar, os visitantes e amigos do blog dos forninhenses contribuíram para este lindo trabalho, que releio, de quando em vez. E entre o terminar de um post e o princípio de outro, aprendo a conhecer melhor Forninhos e os forninhenses que infelizmente é um povo que não sabe dignificar a história e memória local.
    Beijinhos e cont. de bom fs.

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  12. Um levantamento notável de quem muito ama a sua terra.
    Boa semana, amiga.
    Beijo

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  13. Na vida das nossas comunidades há sempre pessoas que não vêm nas páginas dos livros ou jornais, nem são badaladas, mas são quem no seu silencioso labor, sem quase dar nas vistas, realizam feitos importantes nas nossas aldeias.
    No caso concreto, o blog dos forninhenses, conta com pessoas de bem, que são quem muito nos ensinam e depois, vemos, que nem sequer merecem a gratidão daqueles que em nome de um falso progresso destruíram e continuam a destruir muito património nosso.

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  14. Tive a oportunidade de ver alguns pela minha curta passagem. Ótimo post!

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    1. Olá Artur. Agradeço a tua visita e palavras. Quem está longe vê com o coração!
      As pessoas dizem-me muitas vezes que gostam das coisas “velhas” que eu lhes mostro. Desde as sacadas às argolas nas portas das tabernas. Gostam delas, digo eu, porque as veem através do meu olhar, porque essas pessoas já passaram muitas vezes por elas e nunca acharam beleza nenhuma, portanto, já nem sei se beleza está nos objectos e coisas ou se está nos nossos olhos. Eu acredito que está nos nossos olhos.

      Um grande abraço meu.

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  15. Anos atrás, ainda recordo nas tabernas ao domingo à tarde, entre um jogo de chincalhão ou uma suecada, cartas batidas no balcão, junto aos copos de três de vinho tinto, ouvir contar histórias da vida e da serra, melhor, de como eram as coisas. Conversas soltas em amena cavaqueira nesta guerra séria do jogo das cartas.
    Gente cujos relatos de vida, completava um pouco a do vizinho e vice-versa.
    Quanta história de Forninhos por ali terá passado, num simples jogo de cartas e no remanso, cartadas da vida. Histórias não contadas, mas vividas também por quem os via jogar em silêncio ou tais guerreiros exaltados quando "cantavam seis" e ganhavam a primeira rodada. Sérios, como se as desavenças ali fossem julgadas em praça pública e sanadas.
    Ainda felizmente está viva gente desse tempo. Pena não serem ouvidos e registados por escrito para a posteridade. Era tão simples e talvez ainda nos mostrassem exemplos físicos, gravados em granito, testemunhos vivos do motivo deste tema.
    Sem necessidade de documentos, esses que no bolor dos arquivos, fenecem sem ver a luz do dia, mas que mentes de oitenta e muitos anos os registam em memória. Basta procurar, como aqui neste blog se vai fazendo, mesmo à distância.
    Basta amar e respeitar a nossa terra, simplesmente!

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    1. Pena que o tempo não chega para percorrer os caminhos que apetece descobrir ou redescobrir, mas felizmente vivemos anos atrás em Forninhos e conhecemos bem as pessoas que sabem ensinar.
      Um dia temos de descobrir as marcas cruciformes sinalizadas na imagem que mostro. Vai dar algum trabalho encontra-las, mas vai valer a pena. Acho que sei onde se encontra esculpida uma cruz também associada a alguns cruciformes.
      Até lá, felicito-te pela diversidade de assuntos que abordas. As tuas palavras estão carregadas de emoção, escreves com o coração; por causa, disso, pelo amor e respeito que temos pela nossa querida aldeia natal, ainda somos apontados como causadores de desunião.
      Santa ignorância!

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  16. Oi Paula! Interessante essa observação das cruzes nas portas das casas.De fato uma herança da história que não pode ser descartada! Bjs e ótima semana pra vc!

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  17. Costumo dizer: não vivo da história, mas o blog dos forninhenses vive com a história e...por isso, tento há quase 4 anos que a de Forninhos não seja descartada!
    Grata pelas suas palavras, Anne.

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  18. Paula,

    Muito interessante esse assunto sobre as cruzes. Coisa que poderia ter sido esquecida com o longo do tempo. Mais uma matéria linda sobre Forninhos que você nos trouxe.
    Um lindo dia! Beijos
    Desculpe pela demora em vir te visitar.

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  19. Obrigada Lucinha. Para desfazer dúvidas (que também eu as tive) era necessária esta matéria. E que bem que soube pesquisar e trazê-la aqui!
    Acho que quem gosta de viajar no tempo, sempre gosta do que aqui escrevo e mostro, já quem não gosta, não iria gostar fosse sobre o que fosse que eu escrevesse, portanto... quem não gostar passe adiante...! A lei da net dá para todos os "gostos".

    Beijo*

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  20. Gratificante é saber do interesse de quem aqui opina, sinónimo do reconhecimento de tão difícil trabalho de investigação e carinho. Coisas que a maioria ou quase totalidade dos locais desconhece.
    À beira de quatro anos (próximo dia nove), esta linda aldeia serrana, ainda tem tanta pedra de granito e gente de memórias para levantar.
    Em cada qual uma estória da nossa HISTÒRIA!
    E quais pedreiros de outrora, cá vamos com calma, emoção e discernimento, "construindo a casa".
    Sentindo que gostam de a visitar e sempre serão bem vindos a esta casa de todos.
    Abraço grande.

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  21. Caro amigo Xico !!!

    Perdoa-me a invasão do seu espaço,
    mas o achei em comentários de blogs.
    amigos e resolvi conhecê-lo, ver seus
    Trabalhos. Gostei de tudo que vi. Está de
    parabéns. Sou professor de história e poeta,
    portanto o que escreve me interessa, pois a
    vida é uma constante aprendizagem e estamos
    sempre aprendendo. Seus textos, que são objetos
    De pesquisas, nos permite isso. Meus parabéns.
    Um lindo dia e uma semana maravilhosa
    Para você.
    Beijos de luz !!

    POETA CIGANO – 15/10/2013

    http://carlosrimolo.blogspot.com
    “Poesias do Poeta Cigano”.

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    1. Obrigada, amigo Carlos.
      Mentiria se não dissesse que desde o início do ano tenho seguido o seu belo trabalho, até comentei com gente amiga a razão de não poder comentar, talvez por a Internet não gostar de mim.
      Aqui neste blog, foi este ano colocado um post sobre os ciganos e a minha devoção por esse povo que me povoava em sonhos na sua liberdade. Tal como diz no seu perfil: "caminhei por muitas estradas e dormi sob as estrelas...".
      Por isso a pátria do cigano, é aquela aonde tem os pés!
      Abraço grande.

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  22. Tantas coisas que este país tem em comum, mas esta não consta do Minho.
    A inquisição achou que por aquelas serras altas do Gerês só havia águias e céu. Mas já vi sim esse traço quando ando por aí
    Beijinho grande

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  23. Deixar esta marcas cruciformes era uma maneira de identificar algo, como já foi dito anteriormente, ou para assinalar os novos cristãos ou assinalar os judeus, que de uma forma ou outra era uma marca que servia para alertar os inquisidores e assim lhes facilitar o "trabalho", mas não deixa de ser um marco histórico em Forninhos, que nos leva a crer que esta terra, mesmo nos tempos idos, foi sempre muito ativa.

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  24. Obrigada Manuela e João. Respondendo aos dois com a mesma resposta: estas cruzes nas ombreiras, bem como em outras estruturas habitacionais parece que as há por toda a Beira Interior, daí se ter procedido à inventariação deste património no concelho de Aguiar da Beira. Foram trabalhos realizados entre os anos de 2002 e 2004 e que deu a conhecer a existência também em Forninhos destes sinais em forma de cruz.
    É pois importante que haja um espaço sério de discussão e reflexão que dê a conhecer aos forninhenses e também "aos de fora" a história desta aldeia.
    Aqui fica agora o registo.
    Saudações de amizade.

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  25. Olá Paula,

    Cheguei a pensar que poderia tratar-se de uma assinatura para o pedreiro identificar (e contabilizar) o seu trabalho, como acontecia na edificação dos grandes templos religiosos mas, finalmente, faz mais sentido que as cruzes estejam ali como um símbolo de uma pertença religiosa ou como evocação da proteção divina.

    Seria interessante, antes que o tempo faça o seu trabalho, que alguém recolhesse (em fotografia ou desenho, à falta de melhor) destes motivos numa espécie de base de dados. Assim seria mais fácil cruzar informação entre épocas, lugares e contextos, a nível nacional. Mas é bem possível que alguém já o tenha feito. Às vezes o que falta é mesmo a parte da divulgação. Coisa que a Paula faz muito bem neste seu Blog.

    Muitos parabéns, mais uma vez.

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  26. António, compreendo o que diz, mas para isso seria necessário ter um pouco de "visão", mas se calhar quem hoje "manda" nem sequer sabe o que estas marcas representam.
    Estamos perante mais uma situação de que somos sempre poucos, ou melhor, os mesmos, na divulgação dos símbolos da aldeia.
    Até aqui era o diz que diz, mas agora que aqui fica o registo disponível e, também, quando aconteceram as ditas jornadas (entre os anos 2002 e 2004), vamos aguardar para ver se Forninhos tem interesse (ou não) em preservar este "naco" da história.

    Obrigada pela sua visita e comentário sempre bom!

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  27. Talvez não devia meter-me neste tão interessante tema, mas, lá vai: não tenho conhecimento de andarem por Santa Comba Dão judeus, é possível que sim, mas casas com ombreiras cortadas 45% ainda não vi nenhuma.
    Quanto a cruzes nas ditas ombreiras já vi em moinhos e lagares, como o que apresento no "link" que se segue.
    http://fringosa.blogspot.pt/2011/10/couto-do-mosteiro-lagar-de-azeite.html
    Abraço a todos.

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  28. Viva Francisco.
    Nas nossas aldeias há inúmeras cruzes em lagares de azeite, moínhos e até em fontes e fornos de cozer pão. Mas penso que a gravação destas cruzes tiveram só a função de protecção divina desses espaços.
    Mesmo a pedra no muro de delimitação da imagem pode ter sido retirada de quaisquer desses espaços.
    Este artigo, tal como refiro, é apenas mais uma achega para a nossa história, mas nós, blog dos forninhenses, não dispomos de dados que nos permitam dizer, com certeza absoluta, que todas as marcas que têm a forma de cruz referem-se à presença em Forninhos de famílias cristãs-novas.
    Um abraço. Volte sempre pois é muito BEM-VINDO.

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