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quinta-feira, 28 de julho de 2016

Festas de Verão 2016

Já cheira a férias, festas e romarias...e quando isso acontece estamos quase de volta à nossa terra...Forninhos.
O cartaz da Festa em honra do Santo António dos Valagotes já circula e (quem sabe!) já enfeita alguns postes de electricidade...pronto, alguns pinheiros!
Como é de tradição a mordomia promove no sábado, à tarde, um torneio de sueca e o grupo musical K5 actuará à noite.
A mordomia da Festa da Senhora dos Verdes de Forninhos ainda não divulgou o cartaz com o programa, mas este ano é um daqueles em que o feriado do dia da Assunção, 15 de Agosto, calha à Segunda-Feira e teremos mais gente migrante (digo eu!).


Com muitos portugueses a irem e a chegar de férias também a partir do dia 1 de Agosto o blog entra em regime de férias, o que não significa parar, pois logo que possível o cartaz da festa de Forninhos será aqui inserido, bem como algumas imagens da nossa festa em honra da Senhora dos Verdes.


Como o prometido é devido, divulgamos o cartaz da festa de Forninhos, que vimos no dia 04-Agosto-2016 exposto no 'Café Paga-Pouco' de Forninhos. Que sejam repletas de animação e tradição.
Boas Festas!

terça-feira, 19 de julho de 2016

Forninhos - Memória de um dia histórico

A famosa cabine da luz
Hoje fui reler o que escrevi há uns anos sobre a inauguração da luz eléctrica em Forninhos. Isso aconteceu na minha terra no dia 19 de Julho de 1959, ainda eu não era nascida, mas quem viveu esse dia recorda uma festa rija, abrilhantada com a banda de Vila Cova à Coelheira, foguetes e banquete privado no jardim da casa da Sra. D. Olímpia, tudo para receber as autoridades oficiais e outros convidados...se não estou em erro confeccionado pela Sra. Luz, do ti Serafim. As raparigas de servir fardaram-se, como mandavam as normas da altura, pode vê-las AQUI. Há ainda quem saiba dizer o que comeu ao almoço. Há ainda quem diga que o dia da inauguração eléctrica foi o maior acontecimento de sempre na nossa terra. Toda a gente dançou, grandes e pequenos...e no fim da festa foram muitas pessoas até ao Carvalho da Cruz acompanhar a música.
Este é sempre para mim um tempo de recordar a forma como foi criado há 7 anos o "Dia da Freguesia de Forninhos", sem terem em conta a data de 19 de Julho de 1959, que foi de facto muito importante e fundamental para o desenvolvimento da nossa terra, na época e no futuro.
A memória deste dia merecia realce, mas escolheu meia dúzia de sumidades ligadas à junta de freguesia e "instituições da terra" o dia de Santa Marinha (18 de Julho), quando há muito uma Lei, publicada a 20 de Abril de 1911, determinou a Separação do Estado e da Igreja!
Tanto amor e devoção à 'padroeira' e, afinal, nunca é celebrado a 18 de Julho!

sábado, 16 de julho de 2016

Dias de canícula



Forninhos, 34 graus neste momento. Por lá a canícula de verão queima o rosto e a bica da fonte da Lameira generosamente jorra água, com uma corrente suficiente para refrescar os forninhenses e matar a sede a quem lá fôr com água da mina do Picão.

sábado, 9 de julho de 2016

Santa Bandeira

O Orago de Forninhos é Santa Marinha, pelo que todos os anos pelo dia 18 de Julho o povo forninhense celebra o dia de Santa Marinha e pelo 17 de Julho, "ou no dia anterior, caso aquele seja impedido" o dia do jubileu das almas. Como tive acesso à proposta feita pelos membros eleitos para o mandato 2012-2013, tal publico porque através deste documento ficamos a saber que a Irmandade de Santa Marinha da aldeia de Forninhos foi fundada no dia 1 de Outubro de 1926, portanto, há quase 90 anos.


Desconheço o documento original, assim sendo, tem-se por certa essa data. 
Tem como fins «1.º) Promover o culto público. 2.º) Acompanhar os irmãos falecidos à sepultura. 3.º ) Enfragar as almas dos irmãos falecidos. 4.º) A santificação dos seus membros».
Não creio Srs. mordomos (dos anos 2012-2013) que no documento original se leia «enfragar», mas sufragar todos aqueles que já partiram e pertenciam à Irmandade! Contudo, tal qual "Maria vai com as outras" lê-se também na pág. 127 de "monografia de Forninhos" isto: 
«...no dia 1 de Outubro de 1926 foi fundada a Irmandade de Santa Marinha, cujos objectivos passam essencialmente por promover o culto público, acompanhar os irmãos falecidos à sepultura e enfragar as almas dos mesmos, e por último santificar os seus membros».
Mas vamos ao que interessa:


A Santa Bandeira, símbolo da Irmandade, tem duas faces. Na primeira, a imagem de Santa Marinha com a palma do martírio numa mão e um livro fechado (símbolo da pureza) na outra mão, e do outro lado



a Mãe e o Menino, com a coroa da glória e que na festa da Assunção de Nossa Senhora (15 de Agosto) deve, sempre, ser voltada para a frente. Para ser sincera, devo acrescentar que de vez em quando, nessa procissão, a Bandeira vai voltada ao contrário e é pena, é sinal que desconheçam o porquê da Bandeira ter duas faces!
As fotos não estão grande coisa, fui eu que as «bati», mas quis mostra-las para os forninhenses perceberem melhor o símbolo da Bandeira da nossa Irmandade. 
E, para melhor compreensão, publico ainda a imagem da Santa Bandeira antiga (restaurada em 2013) e que se encontra afixada na Igreja, no lado do altar lateral dedicado a Nossa Senhora de Fátima, que tinha no verso, o Sagrado Coração de Maria fora do peito, conforme se lê no Art.º 13.º.


Art.º 13.º: "a insignia da Irmandade sera uma bandeira, tendo de um lado a imagem de Santa Marinha, e do outro a Imagem do Sagrado Coração de Maria".
A actual tem Nossa Senhora e o Menino. Pode dizer-se que simboliza o Sagrado Coração de Maria?

O hábito da Irmandade é uma capa branca com murça vermelha que cada irmão tem a obrigação de a usar nos actos religiosos.

terça-feira, 5 de julho de 2016

DA ARCA DO BRAGAL

Alva, simplesmente bela, quem diria que corre para dois séculos e sem rugas.Um sortilégio na  mesa, mais não fosse pela carga emocional que carrega.
O tesouro guardado na arca para a futura noiva. O enxoval!



Nada que valha nada neste mundo consumista, mas só de pensar quantas mãos de pessoas de Forninhos já a tocaram neste século e tal...
Sinceramente quando toquei nela pensei nos braços e olhos cansados no decorrer da noite...no doba, dobadeira doba, não erices a meada...e a gente ficava de castigo...a dobar, para o que a necessidade trouxesse.
Nas sobras, "penteavam os bicos" de panos de cozinha, mais para ofertas a gentes de posses, deixando por detrás o novelo e dores das costas. Coitadas das tascadeiras...
Até aqui se chegar, gentes dormiram em mantas de estopa, que é linho menos trabalhado.
Agora e olhando, parece uma mágica noite de orvalho, transparente...